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10/05/2018 - Paulo enfrenta uma tempestade no mar Atos 27.13-38

 

Soprando brandamente o vento sul, e pensando eles ter alcançado o que desejavam, levantaram âncora e foram costeando mais de perto a ilha de Creta. Entretanto, não muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado Euroaquilão. O navio foi arrastado com violência e, sem poder resistir ao vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar. Passando ao abrigo de uma ilhota chamada Cauda, com dificuldade conseguimos recolher o bote. Tendo içado o bote, os marinheiros usaram de todos os meios para reforçar o navio com cabos de segurança. E, temendo que fossem encalhar nos bancos de areia de Sirte, desceram as velas e foram à deriva. Açoitados severamente pela tormenta, no dia seguinte começaram a jogar a carga no mar. E, no terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a esperança de salvamento.

Havendo todos estado muito tempo sem comer, Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse:

— Senhores, na verdade, era preciso terem-me atendido e não partir de Creta, para evitar este dano e perda. Mas agora aconselho que tenham coragem, porque nenhuma vida se perderá, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo do Deus a quem pertenço e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: “Paulo, não tenha medo! É preciso que você compareça diante de César, e eis que Deus, por sua graça, lhe deu todos os que navegam com você.” Portanto, senhores, tenham coragem! Pois eu confio em Deus que tudo vai acontecer conforme me foi dito. Porém é necessário que sejamos arrastados para alguma ilha.

Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite os marinheiros pressentiram que se aproximavam de alguma terra. E, lançando a sonda, viram que a profundidade era de trinta e seis metros. Passando um pouco mais adiante, tornando a lançar a sonda, viram que a profundidade era de vinte e sete metros. E, receosos de que fôssemos atirados contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia. Nisto os marinheiros tentaram escapar do navio. Arriaram o bote no mar, a pretexto de que iam largar âncoras da proa. Paulo disse ao centurião e aos soldados:

— Se estes não permanecerem a bordo, vocês não poderão se salvar.

Então os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo:

— Hoje é o décimo quarto dia em que, esperando, vocês estão sem comer, não tendo provado nada. Por isso peço que comam alguma coisa, pois disto depende a sobrevivência de vocês. Porque nenhum de vocês perderá nem mesmo um fio de cabelo.

Tendo dito isto, pegando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer. Todos ficaram mais animados e se puseram também a comer. Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo. Refeitos com a comida, aliviaram o navio, jogando o trigo no mar.